SOBRE O PLANO DIRETOR E O REGIME DE ÁGUAS
A revisão do Plano Diretor de Florianópolis traz aspectos que merecem a atenção da sociedade. Um deles é a alteração do escoamento de águas da superfície e a infiltração no solo.
Alerta do professor Paulo Horta, biólogo e professor da UFSC
🏘️🌳💦 A revisão do Plano Diretor de Florianópolis traz aspectos que merecem a atenção da sociedade. Um deles é a alteração do escoamento de águas da superfície e a infiltração no solo. Isso tem a ver com o maior adensamento e a verticalização da nossa cidade. Com mais ruas, casas e prédios, temos cada vez menos áreas verdes e vegetação para filtrar a água e favorecer a infiltração no solo. Sem a infiltração, limitamos o abastecimento das águas subterrâneas e das áreas úmidas, que são fundamentais para a vida silvestre. Entre elas estão os banhados do litoral catarinense, áreas de elevada importância socioecológica que merecem ser valorizadas e preservadas no planejamento dos usos do território.
O avanço da urbanização ameaça lagoas, como as da Chica, Pequena e do Jacaré, e aumenta a contaminação do escoamento de superfície. Isso compromete ainda mais a saúde de nossos já combalidos córregos, rios, lagoas e banhados. A maior impermeabilização e compactação do solo também aumentam as chances de alagamentos. Com as mudanças climáticas, fenômenos extremos serão cada vez mais intensos e frequentes, e essa que já é uma infeliz realidade de muitos de nossos bairros, podendo se tornar uma regra que ameaça a natureza e coloca em risco vidas humanas.
🔎 Veja como isso funciona na ilustração e acompanhe o debate sobre o Plano Diretor em seu bairro!
Fonte: @nauptfloripa
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